Velejo sempre pelo mar mais calmo.
O que dá trabalho, sempre cansa
Mais que o necessário.
Se tenho dois olhos,
Deles um sempre a descansar,
Enquanto o outro observa a pasmaria.
Quando vago no tempo,
Aconselham-me as ditosas calmas –
E assim olho o que me aprouver de olhar.
Seleciono as maravilhas que me caem,
Como se fossem, elas todas, ao cair,
Folhas vivas duma árvore a jazer.
Quedar-me nesta pia calmaria:
Qual a condição que a mim me assegura,
A dádiva vulgar de ser e de apreciar o que é?
Silenciono-me, perspicaz, e afoito,
Porque adoro, e tanto, neste
Meu nada, um altaneiro
Ser.
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