Contemplava da varanda tudo aquilo que me prende ao Universo.
As árvores balouçando
Um poldro a correr alegre
Uns bois a pastar.
Sorvia assim a dádiva de viver
Vagando entre reflexões e impressões sobre as coisas que gosto
Quando veio-me cristalina sensação de frio.
O ocaso punha o Sol a escondido,
Estugando a marcha do tempo
no momento em que os sons da noite se projetavam no campo,
Impondo aos pássaros o repouso e o aconchego de seus ninhos.
Gostava daquele jeito de não ter controle sobre o dia e a noite
Que naquele dia era especial porque trazia o frio.
- a natureza oportuniza muitos prazeres.
A lenha se amontoava sem ordem nos fundos da minha casa.
Cada pedaço de madeira que juntei para preparar o fogo
Era um pedacinho de calor
Era uma réstia da luz que o ocaso levara
Dava-me às mãos algo como uma bênção
Um modo de ter em casa
Quando noite
Pelo menos um pouco da luz e do calor do dia ausente.
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